10 março 2015

O tempo, esse lindo

Voltei do trabalho para casa hoje com uma sensação que anda aparecendo cada vez com mais frequência: fui atropelada pelo dia. Dos milésimos e centésimos de segundo até os anos e décadas, todas as escalas de tempo fazem questão de me dizer que estão passando depressa demais.

De certa forma, eu gosto desse sentimento. Noves fora a angústia da proximidade do fim (um exagero, mas sim, estamos sempre um tanto mais próximos do final da jornada) e a aflição por nem sempre fazer o melhor com o tempo disponível, a passagem rápida, dizem, indica que a vida está boa, agradável e sem tédio.

A aflição também tem seu lado positivo. Ficar com a sensação que poderia fazer mais e melhor se houvesse mais tempo significa que você ainda consegue pensar nas tarefas do seu dia em versões grandiosas, para além da cerca ditadora dos ponteiros.

(São boas estas fases em que você vê o lado bom de tudo).

(Este espaço, por exemplo, coitado, largado às traças, não é por falta de tempo. Assunto a gente tem, mas ultimamente o que menos a internet precisa é de textão. Prefiro só observar).

(O fato de estar na fase “lado bom” também atrapalha a escrita, afinal os reclamões são muito mais prolixos).

Tempo esgotado por aqui hoje.

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