09 junho 2014

Tradição

E aqui estamos com a tradicional (argh) reflexão de férias, aqueles pensamentos que só cabem de volta na sua mente quando o prazo, as reuniões e as urgências profissionais abrem espaço.
Com a devida acomodação para as ideias, vamos explicando de cara porque o "tradicional" acima mereceu uma exclamação de nojinho logo em seguida.
Tradição, para mim, sempre significou "preguiça de pensar". 
Somos 6 (7?) bilhões no mundo, talvez mais em outros mundos e, ao que parece, nos resumimos há uma meia dúzia de menos de seis princípios de como levar a vida.
Uma máquina tão complexa que carregamos acima do pescoço, tão fascinante quando ainda desconhecida, porém de capacidade inquestionável, não se ocupa de uma tarefa simples - questionar?
Poucas, quase nenhuma tradição, resistem a um bom "mas por que vou fazer isso mesmo"?
Só que nem sempre estamos a fim de perguntar.
Por outro lado, existe a segurança. Uma ação testada e aprovada por anos, décadas, séculos, precisaria ser modificada por qual motivo?
Não seria uma estupidez correr riscos bobos, dar com os burros n'água, só para se fazer de "diferente"? 
Sim, tem muita gente cheia de pose que quer reinventar a roda da vida.
E outros tantos, tradicionais até a medula, que tentam mudar aqui e ali e dar um toque "moderno" ao seu ato clássico. Às vezes de forma sincera, às vezes como questionadores de boutique.

O mundo me faria amá-lo bem mais se, só para variar, quem gostasse das tradições assumisse de peito aberto e as abraçasse, sem modernizações "para disfarçar". E quem quisesse modificar, questionar ou virar de cabeça pra baixo, que tivesse a valentia necessária para tal. 

Fica aí uma sugestão, para uma tradição futura, quem sabe: ser autêntico.

Ou talvez o mundo tradicionalmente não esteja nem aí pra mim.




Essa tradição, por exemplo, é da boa.

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