25 agosto 2012

Facebook, Suíça, estresse e bacon

Nessa semana escrevi algo sobre pessoas que não têm Facebook e se acham superiores, evoluídas – ou como eu disse, “revolucionárias”. Acabei sem querer achando um texto sobre um pessoa que apagou seu perfil no site porque, dentre outras coisas, “não conseguia deixar de retrucar os absurdos que escreviam” e que ainda “quando deletou o perfil, poucos a procuraram de outras formas”. Vale uma consulta no psicólogo, né? É aquela história de pegar o marido com outra no sofá e “deletar” o sofá. Sofá maldito, destruidor de relacionamentos!

Apesar da coincidência do tema, o que me chamou a atenção foi a parte de não se controlar ao ler alguma bobagem e ter que responder. Temos que responder?

Dizem que os maus triunfam no silêncio dos bons, mas bom e mau podem ser percepções muito pessoais. Assim como “dizer absurdos" e “bobagens”, seja na internet, seja por outro meio de comunicação, até o bom e velho “pessoalmente”. O que é bom e mau, afinal?

Minha experiência sobre isso: eu detesto me indispor com alguém. Se for com um amigo, fico incomodada. Se for com um nem tão amigo, pior ainda. Por isso, avalio trezentas milhões de vezes se vale a pena retrucar algo que acho errado e, na maioria das vezes, a resposta mental é “nem, deixa pra lá”. Uma coisa assim meio Suíça, meio banana, meio sangue de barata. Meio covarde?

Não sei. Prefiro ficar na minha a ter que provar um ponto. É menos cansativo. Ao fim do dia, ou dos dias, tudo se apaga. Ah, claro, isso também é bom: memória RAM. Desligou (digo, dormiu), sumiu.

No entanto, acho importante, besteira ou não, poder falar o que se pensa, claro, respeitando alguns limites – ofensas gratuitas, por exemplo, são desnecessárias. Mas até nisso, é difícil definir o tal “limite” de certo e errado ao defender um ponto de vista, sem ferir a liberdade de um ou de outro. Absurdos espalhados por aí ou censura? E quem censura o censurador? É absurdo só porque eu não concordo? Existem as besteiras universais, clássicas, que ninguém deveria propagar, ou é só a minha visão do assunto?

Enfim. Não delete o seu perfil no Facebook por causa das bobagens que lê. Selecione “somente atualizações importantes”. É como um fone de ouvido, te isolando daquele momento chato. E experimente praticar na vida também, talvez somar uns 5 anos na vida, por mais sorrisos e menos estresse.

Nessas horas, ao ignorar, eu me acho superior sim, por uns 30 segundos pelo menos hehehe…

Diminuindo o estresse pra tentar compensar todo o bacon consumido nas férias. Fé.

Um comentário:

Roberta disse...

Me meti numa confusao no facebook outro dia que até me ameacaram de "se te vejo na rua te arrebento", sabe? Pq claro, todo mundo é corajoso na internetchi.

Depois dessa fiquei com raiva por dias. Dias! Eu podia estar jogando Diablo, podia estar passeando nas Ramblas de Catalunya, podia estar assistindo Castle mas nao, eu estava sentada no sofá remoendo dialogos, pensando no que eu poderia ter dito, respondido, argumentado.

Até ter a (brilhante!) ideia de que nao importa, eu nao devia ter entrado na discussao. Eu deveria ter bloqueado o agente da minha indisposicao e passado o dia feliz.

É o que eu faco agora. Nao gostei do comentario? Block. Alguns vao dizer "Ah, mas ai vc só vai ler o que voce gosta?". É. Claro. O facebook é meu, eu deleto o que eu quiser. É a vantagem da internet sobre a TV né nao? Eu escolho o que quero ver, até certo ponto.

Enfim, que chata eu. Deve ser a idade.

Beijo pra vc.

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