05 julho 2008

No fim

- Oi meu amor! Veio me buscar no trabalho, que surpresa! Aconteceu alguma coisa?
- Não, não...
- Ah, então você está sendo romântico? Que fofo!
- Ahn... Também não. Ehn, por que a gente não vai dar uma volta? Vamos naquele barzinho que você gosta?
- Claro, vou só pegar a minha bolsa.
(...)
- Bem, chegamos. Vamos lá, lindinho?
- Sim.
- Então, querido, desliga o carro, vamos descer. A gente vai ficar parado, aqui dentro?
- Sim...
- Tá tudo bem?
- Quero terminar.
- Hein?
- Quero terminar! Não estou mais feliz, não está dando certo... eu gosto de você, como amigo só.
- Mas... como... por que... onde... como assim? O que eu fiz?
- Nada, não fez nada. Já faz algum tempo, eu não sinto mais, bem, eu não... te amo mais.
- Você me odeia?
- Não, eu só não quero ser seu namorado. Podemos ser amigos.
- Mas... a gente ia casar...
- Eu nunca disse isso!
- Nós namoramos há quase TRÊS anos! TRÊS anos da minha vida! Você acha que eu estou aqui a passeio? Eu queria achar o cara certo, casar, ter uma família, e eu pensei que esse cara era você! Pensei que você sentia o mesmo por mim. Por que me iludiu? Deveria ter falado que não queria ficar comigo antes... buááááááá...
- Calma, não chora... Eu não falei antes porque eu não senti antes, senti agora!
- Mentira, seu safado! Já deve estar com outra, homem não fica sozinho, seu filho da p...!
- Calma! Eu sei que você está com raiva, mas o que você queria? Que eu ficasse com você por pena? Que eu te chifrasse?
- Ahhh, tá vendo? Seu cachorro, tá com outra mesmo!
- Não tem outra! Eu só não quero mais namorar você, nem casar com você, e acho uma ótima idéia que a gente não se veja por um tempo, tá?
- Buáááááááá!
- Vamos, eu vou te levar pra casa.
(...)
- Pronto, chegamos.
- Bem... isto é o fim, certo?
- Sim, é o fim.
- Vou sentir sua falta.
- (Silêncio).
- Você vai sentir a minha? Não?
- Tchau. A gente se vê.
- Tá bom.
(...)
- Alô?
- Oi, linda? Tudo bem contigo!
- Ah, você não sabe, gato! Aquele babaca terminou comigo!
- Sério? Ele terminou? Hahaha! Ainda bem que ele se ligou, você é muito pra ele!
- Pois é, não sei o que aconteceu! Eu estava tentando achar um jeito de contar para ele, que eu já estava com outra pessoa, enfim... Mas ele facilitou a minha vida!
- Vamos comemorar! Enxugue as lágrimas de crocodilo que eu vou passar aí.
- Estou te esperando, amor!

Moral da história : Em história escrita por mim, nenhuma mulher se dá mal. NENHUMA. Mesmo que demore, mesmo que ela não valha o que o cachorro (ou gato?) enterra, ela sempre sai sorrindo. É uma espécie de vingança contra o mundo real.
Desta forma, inaugurei a tag "menininha", vamos ver se este projeto vai pra frente...

2 comentários:

Cristina disse...

Boa, Aline! ;]

Anônimo disse...

V-I-N-G-A-N-Ç-A! \m/

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