- Me ajuda aqui, vai.
De novo, lá eu estava indo mexer em alguma coisa no computador dela. O que seria dessa vez? Marcar amigo em postagem no Facebook? Efeitos de foto no Instagram? “Pinterestar” um bolo confeitado com tema de “Star Trek”? Vírus?
- Ah, é isso. Peraí. Você clica aqui, aqui, confirma, espera, escolhe… pronto, foi.
- Uau, você manja muito.
Eu não manjo nada. Só tento fazer.
- Nada, é só seguir a ajuda.
- Não entendo nada dessa ajuda. Nunca dá certo.
- Você só tenta uma vez.
Porque sabe que eu sempre vou resolver.
- Porque sabe que eu sempre vou resolver.
Opa, essa parte era para ser só pensamento.
- O que você quer dizer, que sou folgada? Ou burra?
- Preguiçosa, talvez. Mal-acostumada.
- É só um computador, besteira. Cada um com suas habilidades. Você não sabe fazer um arroz sem queimar.
Vamos lá, já que começamos.
- Mas aí não te chamo para consertar o arroz, vou e compro pronto, ou como outra coisa.
- Você não quer que eu te chame mais pra me ajudar? Estou atrapalhando?
- Quero que você aprenda a fazer sozinha.
- Mas é só uma bobagem de computador.
- Uma bobagem que você não faz.
- Porque não quero.
- Viu só?
- Tá. Vou me virar, se quer assim. Quanta má vontade!
Não é nada disso. Como é difícil…
- Querida, está sentindo o cheiro?
- Não… de quê?
- De queimado. É da cozinha, deve ser o arroz.
Um comentário:
sei que isso deve se tratar de um casal, mas cara, isso aqui é eu e minha mãe! hahahah
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