03 novembro 2012

1 minuto só

Como moradora de PQPlândia por muitos anos (= Cubatão) e pobre, tanto no Enem como no vestibular, tive que vir para Santos fazer as provas, utilizando transporte coletivo. E como boa “louca da pontualidade e do medo de perder a hora” que sempre fui, saía de casa com muitas horas de antecedência e chegava bem cedo (mas quando eu chegava sempre tinha gente, ou seja, não estou só). No caso de um dos vestibulares, em que eu não sabia onde era, não tive dúvida: vim um dia antes pra saber o caminho.

Sim, sou louca, mas nunca bateram o portão na minha cara por “um minutinho só”. Nunca cheguei correndo descabelada e suando para fazer a prova. Nunca chorei no portão. Tem coisa mais bonita na vida pra se chorar, acreditem.

E morro de rir (feio, eu sei) das histórias repetidas ano após ano de adolescentes que perdem a hora das provas. Digo que é feio porque sabemos que algumas poucas histórias são de pessoas realmente azaradas, que saíram de casa com folga mas tiveram uma infelicidade no caminho. Aí dá pena.

Mas a maioria é zé mané mesmo.

Vai que descobre a vocação para atleta, né?

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