19 dezembro 2008

Reflexões de fim de ano

Tem coisas (PAM!) que só Madonna faz por você. Não é que eu tenho uma festa hoje e nem vou beber para estar inteiraça amanhã? Quer dizer, vou beber só um pouquinho. "Alegrinha" será o máximo estado alcoólico da noite.
Este negócio de beber é engraçado comigo (se eu já contei aqui, desculpem, promoção replay). Até os 21, era nem te ligo para álcool. Achava cerveja amarga, vodca servia como desinfetante, vinho fedia e era enjoativo, cachaça era coisa de... cachaceiro. Não que agora eu mereça uma vaga no AA, mas é que a relação com a marvada mudou. Amadureceu, poderíamos dizer.
Comecei a ficar mais rock 'n' roll no fim da faculdade - responsável como sempre, jamais me arriscaria no começo dela - e foi bom assim. As pessoas contam aquelas histórias bizarras de porres aos 15, 16 anos, eu conto meia dúzia de historinhas bobas e divertidas com 23, 24 anos. And counting.
A parte bacana de postergar o início de certos exageros da juventude é poder aproveitá-los mais intensamente, com mais experiência, mais grana, e porque não, mais inteligência. Porque é melhor vomitar o Cabernet Sauvignon no banheiro do seu apartamento próprio que o Chapinha na casa alugada dos coroas, certo?
No entanto, hoje não. Vamos devagar que tem muita festa ainda pela frente, até o fim da vida.
*
Deve rolar uma retrospectiva 2008 aqui. Eu vou tentar perceber as mudanças e novidades da vida pela escrita. Porque pensando, tentando lembrar, parece que eu vivo do mesmo jeito há milênios. É f..., luto sempre para manter a minha vida constante e feliz e depois reclamo que nada muda. Por exemplo, eu me pergunto "onde estão os caras legais deste planeta?" e, ao mesmo tempo, tremo só de pensar nos caminhos tortuosos de uma relação amorosa.
Vamos ilustrar um destes caminhos : quando eu tomo uma decisão hoje, eu tenho que consultar uma pessoa : eu. Canso de ver e ouvir casais negociando e renegociando as bobagens do dia-a-dia. Nem todos são hábeis. Eu não sei se seria mais, não sei se jamais fui. Sabe aquela música, "desaprendeu a dividir"? Acho que vou precisar de um período de readaptação...
Mas estamos aí, vivendo, cantando, bebendo (ops...), rindo muito, chorando, dramatizando, trabalhando, andando, correndo, escrevendo. A minha vida é que não pára esperando amor algum chegar.

Boa lembrança de música :

"Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe

Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
Ele não é de nada"

(Cara Valente - Los Hermanos/Maria Rita)

3 comentários:

ART disse...

Deu até vontade de tomar um Cabernet Sauvignon agora... salve o vinho!!

Anônimo disse...

É, tive que fazer o mesmo para o show da 'véia'

Alexandre disse...

Eu tb escapei desses tristes porres adolescentes clichês, mais por uma questão de personalidade do que qualquer outra coisa.

Aliás, das poucas vezes que fiquei num porre brabo foi tudo muito entediante. Nada de diversão.

Existe um "caminho do meio" alcoólico que com o tempo vc vai descobrindo. Normalmente a gente descobre na facul, e a dita "filosofia" segue vida à dentro (se vc cultivar, lógico) trazendo o "the best of" da nossa existência.

E viva o vinho! A mais elegante das alcoólicas.

:)

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