12 março 2008

Não somos bem-vindos

Imagine a situação : você sabe que tem um parente muito bem sucedido, com fama e luxo, que mora a alguns bons quilômetros da sua casa. Ele nunca te chamou para uma visita, mas também, nunca proibiu.
E um dia, finalmente, você se enche de coragem e vai visitá-lo. Você se enrola em alguma dívida e vai procurá-lo com a esperança de obter dinheiro emprestado. Fica curioso para conhecer a bela casa de seu parente rico. Quer saber se ele pode ter um quartinho para você morar.
Quando você chega na porta de entrada, seu parente não quer nem saber. Solta os cachorros mais bravos, manda os empregados te expulsarem, te xinga, te ofende, manda você voltar para seu bairro humilde.
O que você faz? Tenta voltar lá? Vale a pena a humilhação? Eu acho que não.
Claro, pode acontecer uma situação extraordinária, em que é inevitável passar pela rua de seu parente. De passar pelo seu jardim, rodear os muros, quem sabe até ter que atravessar a casa, por ser um caminho mais fácil, mais curto. Neste caso, não seria melhor procurar outro caminho, outra alternativa, mesmo sendo mais custoso e demorado? Eu acho que sim.
Se não somos bem-vindos, não vamos. Simples. Ninguém é obrigado a ser nobre e aceitar desprovidos e esfarrapados compartilhando o jantar, bebendo nas suas taças de cristal.
Quero ver se isso dura até outubro. Já posso ver as manchetes : "Fernando Alonso é barrado pela PF e volta para a Espanha".

Aí sim, vai ficar divertido.

Flagra de brasileiro sendo recepcionado
no aeroporto de Madri. "Soy pobre pero
soy limpito", gritava ele.

2 comentários:

Semiramis Moreira disse...

Tendo a lei da reciprocidade já fica divertido hehehehehehe... tudo bem que por aqui tudo é farra, mas fazer isso com os brasileiros já é avacalhação...

Cristina disse...

É, problemas...
Pelo menos eu ainda vou demorar um pouco pra conseguir ir praquelas bandas, espero que até lá a situação se resolva.

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