13 novembro 2011

With a little help

“Alguém conta pra eles que ele era só o baterista?”

Sim, diante da fila imensa que pegamos na entrada do Credicard Hall, para ver “só” o baterista Ringo Starr, daquela banda que todo mundo conhece – não importando se gosta – esta foi uma reação prevista. Mas quem gosta da tal banda sabia do significado de ver um ex-membro, um dos dois ainda vivos e já nos 70.

Ringo, o quarto beatle, para alguns “o menor”, poderia ter aproveitado a sua carreira solo e feito um show de egocentrismo e auto-suficiência, pegando carona no sucesso do quarteto de Liverpool, para vingar todos os anos de, digamos, relativo anonimato – se pensarmos na comoção que John, Paul e George costumavam (e costumam!) causar.

Mas não. Ele sabe que é excelente no papel que sempre teve nos Beatles. Um ponto de equilíbrio no meio de eventuais egos assoberbados pela fama e, acima de tudo, o representante da felicidade, o cara gente boa, o figura.

Não há mau-humor que resista ao show de Ringo e sua All-Starr Band. Só de olhar pro cara você já abre um sorriso e seus companheiros de banda, nossa, só fera (veja mais aqui). Um bando de velhos amigos que toca por aí e mostra que ainda sabe fazer rock ‘n’ roll, como poucos. Nada a ver com tanto lixo que se consome e se produz hoje em dia.

Aliás, um belo teste foi o show de ontem para aqueles que ainda têm dúvida se gostam de um bom rock. Quem saiu absolutamente satisfeito, passou no teste. Quem torceu o nariz, deveria tentar outra coisa na vida. Sugestão do próprio Ringo: antes de cantar Yellow Submarine, ele lança esta:

“Eu não vou dizer o nome da próxima música que vamos tocar, porque se vocês não reconhecerem, provavelmente estão no evento errado. Provavelmente estão esperando por Lenny Kravitz…”

Como não amar?

Entre os hits de Ringo estão It Don’t Come Easy, With A Little Help  From My Friends, Yellow Submarine, Don”t Pass Me By e Never Without You

Peace and love.

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