A pessoa é chata o suficiente para tirar lições até de umas unhas pintadas.
Essas modas de cores diferentes de esmalte, além de atiçar minha curiosidade, trouxe-me um ritual semanal de pintar, corrigir, limpar e, acima de tudo, aceitar o resultado final.
Eu mesma gosto de pintá-las, primeiro pelo passatempo, mas também porque salão de beleza é um dos lugares mais aborrecidos do planeta, ao menos pra mim. Sim, em casa, fazendo sozinha, eu perco mais tempo e muitas vezes, não sai tão perfeito como o trabalho de uma profissional.
E a questão é justamente essa.
Aceitar que a gente não precisa ser perfeito em tudo o que faz na vida – aliás, precisa ser em alguma coisa? – é um princípio básico para ser e viver como uma pessoa normal. Esse negócio de não errar é doentio. Quem faz qualquer coisa na vida, erra. Ou chega a um resultado que não era o desejado (lindo, supremo, absoluto), mas que é bom, até ótimo. Se na sua especialidade, o desvio de rota é permitido, imagine no que não é.
Portanto, escondo a acetona e curto o resultado. Tento não mexer. Porque não está perfeito, mas está ótimo. Agora é levar isso para o mundo “real”.
Não precisa ser perfeito…
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