15 junho 2008

Tchau, futebol

Lá pela minha infância e pré-adolescência, eu adorava acompanhar futebol. Realmente gostava. Não perdia jogo na TV. A ponto de despertar aqueles comentários medíocres, dizendo que "isso não era coisa de menina", como se para ser menina ou mulher de verdade, fosse necessário usar rosa da cabeça aos pés e praticar balé clássico. Essa visão idiota diminuiu, mas não acabou. Igualzinho ao meu interesse pelo futebol. Diminui cada vez mais, mas não acabou. Será?
O fato de eu não ter escolhido um time para torcer não atrapalhava em nada o meu interesse. E também não era por causa dos jogadores bonitos (ok, existiam umas fotos recortadas de jornal sim, mas não é o tema aqui). Era a paixão nacional, era uma paixão minha.
Naturalmente, direcionei meus olhos para a Seleção Brasileira. A camisa amarela, a nata, os melhores dentre os melhores. Lembro-me do desconsolo da Copa de 90 (Caniggia, argentino fdp!). Lembro-me da emoção do tetra, depois de 24 anos sem uma Copa do Mundo. Lembro-me da tristeza da Copa da França e o fuzuê Ronaldinho. Lembro-me da família Felipão. Lembro-me de 2006...
Em 2006, eu vi o jogo Brasil X França nas quartas-de-final, o Brasil perdeu e eu tinha um aniversário. Fui e me diverti muito. Dane-se o Brasil.
Hoje o Brasil perdeu para o Paraguai por 2 x 0. E daí?
Tudo se perdeu.
Muitos seriam os argumentos. Uma seleção pouco identificada com seu país, com tantos "estrangeiros", a influência de patrocinadores, a evolução dos rivais, a falta de interesse dos atletas, todos com a vida mais do que ganha. Uma teoria para cada comentarista de futebol.
Eu não tenho a resposta.
Eu só sei que eu vibrei muito com a classificação da Seleção Feminina de Basquete para as Olimpíadas, no sufoco. Que achei a partida de Nadal X Djokovic fantástica. Que torci até o fim nos confrontos entre Brasil X Sérvia, no vôlei. Que acordo de madrugada, ou às 9:00 de um domingo, para ver a F1.
Eu sei que, na Copa de 2002, em que as partidas foram sempre em horários horríveis, devido ao fuso, eu não vi nenhuma. Vi o segundo tempo da final, e só. Eu sempre dormia.
Há muito tempo, os sinais estão aí e eu não notei. Futebol e eu, uma história de amor que acabou.

Tchau, futebol. Até um dia.

Um comentário:

Anônimo disse...

A Copa de 2002 foi dureza. Estudar para o vestibular e acordar as 3 da manhã com barulho de fogos de artíficio, ninguém merecia. E o dia do vestibular foi no dia da final... trânsito fechado para a comemoração do título... um caos... mas o importante foi que eu passei! hehehehe

Ahhh TIGER WOODS ROCKS! \m/

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