26 dezembro 2007

O último passo

"O ano passou voando!"
Frase clichê de final de ano... mas não é que passa mesmo?
Em 2007, o peso dos anos instalou-se nas minhas costas. Mais precisamente no lado direito, próximo ao pescoço, com direito a fisioterapia, analgésico, spray local e bolsa de água quente.
O ano em que o peso das coisas ficou bem mais claro. O que são gramas, o que são quilos na nossa vida. E aquilo que costumava contar em toneladas, viram meia dúzia de grãos de areia. Aquilo que nem se notava pesa como as bigornas de desenho animado. E o meu peso corporal não muda, no matter what.
Um ano em que se chega na missa de Natal pensando na missa do ano anterior. Pensando como tudo era diferente. Umas coisas melhoraram, outras pioraram, outras apenas mudaram.
O ano em que quase todo mundo resolveu crescer, somar e se multiplicar.
Um ano de novos admiradores e de novos "admirandos". Alguns não sabem ainda, nem vão, porque não é o caso.
As histórias bizarras apareceram em 2007. O celular que não toca, a menina que mata e não lembra, os convites de casamento na gráfica (e esta ainda não tem um final).
As amizades desfeitas, refeitas, reforçadas e descobertas.
O ano em que resolvi ter um blog (até que enfim...). E descobri que tem gente que lê (mas eu já não sabia?).
A música presente, me levando para lá e para cá, ao seu próprio gosto. Levando meu dinheiro também. Me pagando tudo de volta em alegria.
O trabalho que dignifica o homem (ou a mulher). E que estressa, irrita, ilude e sustenta.
Os obstáculos da vida. Tem que ter, senão perde a graça, mas poderiam não abusar tanto.
As injustiças da vida. A esperança de vê-las desfeitas. A concretização da justiça (rezando e acontecendo).
As pessoas que falam, bebem e festejam, as que só falam, as que nunca bebem nem água e nem festejam, portanto não vivem, de modo que resolvem te encher o saco.
E tudo me leva a concluir que nada será prometido para 2008. Sem promessas, sem decepções,100% de sucesso.
Ao contrário da filosofia do "desapego", que eu mesma criei para mim este ano, 2008 é o ano da "liberdade". O mundo é meu, eu faço o bem, não faço mal a ninguém e o resto... como diria o Rei, que vá tudo pro inferno. Mas que vá pela sombra, com todo o amor e respeito, claro. Não se deve odiar nada ou ninguém.
Amor, respeito, saúde, consciência tranqüila e boas noites de sono. Felicidade, sons, festa, histórias, amizades e sorrisos.
Feliz Ano Novo a todos os leitores freqüentes, ausentes e acidentais!


Devo confessar que toda vez que ouvia esta música,
achava que o John Lennon ia aparecer... medo! hehehe!

Este blog não é Brasília, mas entra em recesso até a passagem do Ano Novo. Volto junto com o vencimento das primeiras faturas de cartão de crédito estouradas pelas festas de fim de ano, com a lista de material escolar, com a agenda nova, a cidade entupida de turistas e o calor infernal. Inté!

4 comentários:

Semiramis Moreira disse...

Pois é... já faz mais de um ano q o seu texto foi publicado no Garotas... tanta coisa aconteceu nesse tempo, boas e/ou ruins :(

Feliz 2008 mana...

Alexandre disse...

belo texto.. :) um ótimo 2008 pra vc tb Aline!.. liberdade tb é um dos cheiros dos aromas gostosos que eu sinto pro ano que vem..

p.s.: que eu tenha notícia até hj, os Beatles são a única banda que ressuscitou um defunto sem que isso soasse piegas.. bom, é por isso que eles são quem são.

Alexandre disse...

ah, vc deve ter reparado, eu tb licenciei meu blog pela "Creative Commons", graças ao seu.. :) enfim, vida longa aos nossos blogs!

Cristina disse...

Eu também pensei nisso, de como as coisas mudaram entre um Natal e outro. E vão mudar ainda mais, se Deus quiser, pra melhor. Pra todos nós, né?
Feliz Ano Novo! beijos e tudo de ótimo pra você :]

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