Este é um sentimento universal. Sentir-se embaraçado por alguma atitude do passado remoto. Das brincadeiras bobas dos 10, das roupas dos 15, dos dramas de amor dos 20.
Felizmente, o tempo passou, os anos correram e trataram de apagar aqueles acontecimentos bizarros, que te faziam ficar vermelho, pôr a mão espalmada na testa, e porque não, gargalhar. Depois que passa, vira festa.
O engraçado é que este tempo que decorre até você sentir vergonha vai ficando cada vez menor. Chega-se a um ponto de falar, pensar, agir de uma modo hoje já sabendo que, daqui a um período inespecífico, você vai se achar um idiota, ainda que com efeito retardado.
Pensar que, ao voltar no tempo, agiria diferente, é uma bobagem, claro. É fácil pensar isto depois de ter pagado o mico. Na verdade, foi o mico que fez você refletir, mudar e tomar a iniciativa de não fazer caquinha de novo.
E se inevitável é, talvez devêssemos perder o medo do vexame. Dando certo ou errado, parece-me que nossa tendência é sempre lamentar o passado e melhorá-lo, em nosso túnel do tempo imaginário.
Não vou me dar ao trabalho de fazer o meu melhor agora. Preciso conhecer o pior primeiro.
Como é aquela música mesmo?
Como é aquela música mesmo?
"Turn off your mind, relax and float down stream..."
"... It is not dying... it is not dying..."
2 comentários:
"Não vou me dar ao trabalho de fazer o meu melhor agora. Preciso conhecer o pior primeiro."
Adorei essa frase :]
mas aí é que tá a graça da coisa toda.. ;) ainda bem que "o meu melhor" nunca chega.
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