09 maio 2012

Admitindo a derrota

A gente quer ser valente, enfrentar o que nos incomoda, lutar e virar o jogo, mas tem hora que você começa a ficar meio ridícula. Como naqueles desenhos do Scooby-Doo em que aparece o seu sobrinho Scooby-Loo, um filhotinho metido a besta que acha que vai bater em todo mundo, mas tudo o que ele faz é dar soquinhos no ar e constranger a si mesmo (além de meter o tio em encrencas).

Chegamos ao momento de parar com os soquinhos e o constrangimento. E sem encrencas também.

Mas e agora?

Admitir que perdeu pode ser bastante libertador, te poupa de dar uns sorrisos amarelos pra si mesmo – para os outros, tudo permanece igual, nem melhor nem pior. Mas não é mais necessário mentir internamente, tentar se convencer de algo que é justamente o oposto. Sabe aquela mentira que você conta tanto que vira verdade? Algumas não viram e não é mais preciso se martirizar para que isso aconteça.

Nada disso impedirá a continuação da vida, da felicidade, do curso normal da história e tudo o mais.

Talvez seja algo interessante pra contar daqui uns 50 anos. Por enquanto, é só um misto de alívio e fracasso. E um nariz menorzinho.

Nose job.

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