26 setembro 2010

A vida é uma piada. Das boas.

Eu sou uma boa pessoa, creio, mas um tanto presunçosa, por achar que, do alto dos meus “muitos” 28 anos, a vida não me engana mais. Minha certeza quando me direciono para certos caminhos é tão grande, tão orgulhosa, que nunca aceito a possibilidade de estar um pouco enganada, mesmo que os instáveis sentimentos humanos estejam envolvidos.

Por isso ainda me espanto quando caio do cavalo, estabacada no chão, vendo o mundo ao contrário, com as tais certezas virando pó na estrada.

Não que eu não tenha o direito de tentar e acreditar nos meus instintos, mesmo quando, no fundo, lá no fundo, sei que não vão me levar a lugar nenhum – no máximo, ao tenebroso mundo do mau humor e das lamentações.

Por isso uma frase que li no fim de semana (que dizem ser de Renato Russo) me fez pensar:

“Quando tudo nos parece dar errado
Acontecem coisas boas
Que não teriam acontecido
Se tudo tivesse dado certo”.

Achei cafona citar no Twitter, o que é tendência, porque eu não queria correr o risco de ser mal entendida por mandar recadinhos velados (cafona ao cubo) ou alimentar a imaginação das almas bondosas que me lêem.

Passado o período do “luto”, ou seja, da lamentação em si, da revisão dos passos, daquelas típicas perguntas “o que fiz de errado?” e “o que há de errado comigo, afinal?”, percebi que havia muita coisa anuviando a verdade dos meus olhos e exagerando o lado que deu errado. O lado que deu certo foi bem mais divertido.

As coisas boas, que aconteceram só porque tudo deu errado, são as que me fizeram rir de tudo, ao final de um dia horrível. Eu não poderia ficar sem elas, jamais.

Obrigada, tudo errado, te devo uma. Tudo certo, quando quiser, apareça, fique à vontade.

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