Como deveria ser:
11 de julho, final da Copa do Mundo. O Brasil chegou nesta final, aos trancos e barrancos, vencendo partidas dramáaaaticas. Dunga conseguiu se virar com as peças que levou e calou a boca de todos, que reconhecem o seu sucesso.
A festa no país é grande. Churrascos são organizados até por vegetarianos (de soja, de tofu…), a bebida é farta. Afinal, não é todo dia que tem uma decisão de Copa contra a Argentina.
Eu estou aproveitando um destes eventos, enchendo a pança e a lata como se não houvesse amanhã. No entanto, nada me fará mal. Meus amigos estão comigo, compartilhando a festa e o nervosismo deste super embate.
Os nervos só relaxam aos 35 do primeiro tempo, quando o Brasil abre o placar. Conseguimos comer e conversar um pouco no intervalo, já acreditando no título, mas ainda tensos.
Finalmente, aos 27 do segundo tempo, 2 x 0. Alívio! O hexa está cada vez mais próximos. Mais cervejas são abertas. Nesta hora, já estou no refrigerante. Quero aproveitar a comemoração depois.
E eeeeeeeeeergue o braço o árbitro! Brasil hexa! Maradona consola seus atletas à beira do gramado e lamenta não poder cumprir sua promessa ao redor do Obelisco em BsAs. Higuaín e Messi, fiéis ao técnico e ídolo, se sacrificam e cumprem a promessa em pleno Soccer City. Saem presos, não antes de muitos flashes e fotos publicadas com tarjas pretas.
Minha grande alegria: ver que minha camisa do Brasil já está desatualizada. É Hexaaaaa!
*
Como foi:
O Brasil não jogou nada que se mereça lembrar. A Alemanha jogou bem, mandou 4 na Argentina, mas não adiantou nada, ficou em terceiro de novo. Fomos desclassificados por um gol de cabeça de um cara de 1,70m. Dunga surtou, Felipe Melo surtou, Júlio César chorou.
Eu peguei dengue e enchi a cara… de água. Uns 3 litros por dia. Fiquei toda vermelha e coçando. Carne? Só aquela moída que eu empurrei pra dentro no almoço. Nada que eu comia tinha gosto.
Minha grande alegria: ver as previsões do polvo Paul.
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É. Droga de vida.
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