12 abril 2010

Simplesmente feliz. De verdade.

happy go lucky poster ned Quando você encontra uma pessoa que está feliz o tempo todo, apesar de ver na vida dela vários problemas, defeitos, situações adversas, você não acha estranho? Não fica curioso pra saber porque aquela pessoa consegue ser tão genuinamente alegre? Ou assume que é fingimento dela, só para não encarar a sua própria incapacidade de ser feliz com o que se tem?

Comecei falando grosso, não?

“Simplesmente Feliz” (Happy-Go-Lucky), um filme para deixar a mente mais leve, trata justamente disto. Poppy, a protagonista, é uma pessoa que saber fazer a tal limonada com seus limões. Tem 30 anos, divide um apartamento com uma amiga, sai à noite para beber, dá aula para crianças pequenas e diante de qualquer situação, ruim ou inesperada, sua reação é um sorriso, geralmente acompanhado por uma tirada bem-humorada. Quando eu li a resenha, há um bom tempo atrás, fiquei muito curiosa para assistir e, ao mesmo tempo, temi que a personagem central fosse irritante, de tão desencanada. Porque não existe ninguém assim… Não?

Em uma das primeiras cenas do filme, Poppy vê que teve sua bicicleta roubada. Sua reação? “Poxa, nem tive a chance de me despedir dela”. Pra você ver que nada derruba a mulher. Quer dizer, nada até então, pois quando ela decide aprender a dirigir, vai encontrar o maior desafio carrancudo da sua vida: um instrutor ranzinza ao cubo que quase enlouquece com as “travessuras” da moça.

A felicidade de Poppy com uma vida tão comum e sem compromissos é um mistério para a maior parte dos que a cercam. A irmã mais nova, que seguiu o "caminho mais fácil” (segundo ela mesma diz), pergunta se aquela “velha” de 30 anos nunca vai se tornar adulta. Quando Poppy responde, inocentemente, que é feliz daquela forma, sem tirar nem pôr, a irmã brada um “não jogue isso na minha cara”. Nem precisa dizer que o filme me ganhou aí.

Não é nada fácil engolir a felicidade alheia, principalmente quando é incompreensível, inexplicável ou, pior ainda, diferente do seu conceito de felicidade.

Azar o seu.

hgl

E as roupas? Haja felicidade pra tantas cores…

2 comentários:

Cristina disse...

Eu adorei esse filme. :)

Alexandre disse...

Voto com a autora da postagem e a moça aí de cima, o filme é realmente bom.

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