03 novembro 2009

Beber sim, cair jamais

A melhor parte da ida ao Rio Grande do Sul, com certeza, foi a aprazível Bento Gonçalves. Acordamos bem cedo saindo de POA para pegar o ônibus para a cidade, mais ou menos 2 horas de viagem. Lá, tomamos café e encontramos nosso guia, um senhor muito simpático e atencioso, que nos levou de carro ao passeio chamado “Rota dos Espumantes”, que na verdade, é feito na cidade de Garibaldi, ali ao lado. À tarde, seria a vez do “Vale dos Vinhedos”.

Logo que chegamos havia uma feira livre em uma rua, em que os produtores rurais locais vendiam o resultado de sua colheita direto ao consumidor. Bem diferente da feirinha pasteurizada dos supermercados. Gente de “cidade grande” se impressiona com essas coisas ainda existirem.

Começamos pela Vinícola Garibaldi (cooperativa de produtores locais), depois passamos pela Peterlongo e em seguida, a Chandon. À tarde, seria a Casa Valduga, Vinícola Larentis, Miolo e Cave de Pedra. O roteiro das visitas é bem semelhante : os guias apresentam a empresa, conhecemos de perto a produção e armazenamento e ao final vamos à melhor parte, que é degustar os produtos! Logo em seguida, a segunda melhor parte, que é a lojinha. É quase impossível sair de mãos vazias. Só nos controlamos mais porque era uma viagem de ônibus, mas quem vai de carro, é pra voltar com uma adega no porta-malas, tanto pela qualidade como pelo preço, ambos compensam. Mesmo quem não é chegado a vinho, champagne (ou espumante, logo explico a diferença) e outros derivados da uva, vá e experimente. E mesmo que odeie bebida alcoólica, beba um delicioso suco de uva – foi o que o nosso guia fez, coitado… afinal, era o motorista da rodada. Pro pessoal mais hardcore, tem a grappa, a cachaça da uva (só para profissionais!).

O almoço foi no restaurante da Casa Valduga e após uma refeição maravilhosa, fomos convidadas a conhecer e bebericar dos vinhos da Larentis e da Miolo. A primeira é uma vinícola familiar, com uma produção menor, mas é de alta qualidade e, vejam só, aceitam encomendas! A Miolo é, bem, a Miolo, a única que cobrou pela degustação ( a Casa Valduga também cobra e nem fomos, já que no almoço já pudemos beber um vinho por conta). É bom você ir em vinícolas como a Larentis e a Garibaldi para comparar uma produção mais artesanal de outra mais “industrial”, como as famosinhas Chandon, Peterlongo e Miolo. Todas chegam a bons produtos, por caminhos diferentes.

Volto a falar dos champagnes/espumantes para explicar porque se usa um ou outro nome. Na verdade, os franceses, afrescalhados como são, exigiram que só seja chamado de “champagne” a bebida produzida na região de Champagne, França. Qualquer outra, mesmo com processo idêntico de produção, é “espumante”. A única que conseguiu manter o nome, e mesmo assim só no mercado nacional, foi a Peterlongo. Mas é a mesma bebida. No caso da Peterlongo, por exemplo, o método usado é o Champenoise (leia mais aqui). Sim, nos vimos as garrafinhas com bumbum pra cima, esperando alguém girá-las 1/4 de volta. Show.

De golinho em golinho, ao fim do dia você conclui que bebeu como gente grande. No fim da tarde, nosso querido guia nos deixou na rodoviária e voltamos para POA exaustas, com sono e, acima de tudo, muito felizes e satisfeitas. É isso que o vinho faz com as pessoas, certo? E sempre na medida certa.

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A medida certa, uma medida tão incerta…

Não deixe de visitar o TesteBar, que completou 1000 visitas nesta semana. Nele, há mais detalhes deste passeio,  inclusive os links e contatos, caso você queira fazê-lo. Acesse agora clicando aqui!

4 comentários:

Alexandre disse...

Isso me fez lembrar de um filme, e de que eu preciso fazer esse passeio um dia.

ArgentinaBrasilJuntos disse...

Que bom que gostou da sua viagem!!
Seja bem-vinda de novo ao mundo dos blogs!!
Con respeito às dicas sobre Buenos Aires, eu diria que devem ter cuidado com a insegurança que tem toda cidade grande. Existem bairros que são bastante seguros quanto Puerto Madero porém em outros a situação é bem diferente.
Se eu fosse turista, não iria para os estádios do futebol pois é um ambiente perigoso já que as torcidas são violentas.
Recomendo jantar "asado" (churrasco).
Qualquer pergunta me diz Aline!
Um abraço!
Sebastián

Milton X disse...

Barbaridade, como vinho é bom!
heheheh Bjs

Cristina disse...

Qdo fui pro sul, não deu tempo de fazer passeios gostosos tipo esse (estava lá pra apresentar trabalho num congresso). Quero voltar qquer hora c/ bastante calma.

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