21 setembro 2009

My thoughts you can’t decode

Muitas, muitas impressões.

O cara é lindo, gentil e meio esquisito – fazendo com que você, esquisita, pareça até normal perto dele. Tem centenas de livros e CDs, gosta de te ver comendo, gosta de te ver dormindo e sabe a raiz quadrada de Pi. Enfrenta a família para ter você por perto e até conseguem que eles gostem de você. Ah, também faz de tudo para salvar a sua vida, mas veja bem, ele é imortal, não conta. Controla a sede de sangue só por amor a você e, literalmente, te faz voar.

É muita informação.

Meu post anterior foi dedicado a filmes que usam e abusam dos clichês românticos que povoam o imaginário feminino. E hoje eu entendi porque Crepúsculo faz esse sucesso todo.

Vocês acham que realmente é por causa da história de vampiro?

Ok, ela precisava pôr um tempero de “anormalidade” à história, bem, que sejam vampiros. Branquelos, que lêem pensamentos e conseguem enxergar o futuro. Temos o elemento exótico que pode atiçar a curiosidade do público em geral. Convenhamos, a autora trouxe a moda vampiresca de volta com tudo.

Mas o que me impressionou no filme – não sei ainda se de forma positiva ou negativa – foi a representação de “príncipe encantado” de Edward. Meio mocinho, meio vilão, totalmente deslocado, se sente atraído pela menina que nem é a mais linda da escola. É bonita, mas nada estonteante. Resiste em se aproximar dela porque teme fazer-lhe algum mal.

É. Muita. Informação.

Não sei até que ponto esse tipo de conto de fadas é saudável. Bem, é só um filme, é só uma história boba pra fisgar adolescentes desavisadas, que vão contar que um dia colecionaram pôsteres do Pattinson, assim como suas mães colecionaram fotos dos bonitões de sua época.

E talvez seja só isso. Talvez seja algo sem importância que estou levando à sério demais. Não à sério, mas pensando em excesso a respeito. Talvez não seja pretensão da Stephanie Meyer provocar isso nas pessoas, na verdade, ela só queria ser uma escritora milionária (missão cumprida, colega!).

Que seja. Daqui a duas horas vou estar dormindo e amanhã esqueci tudo, mas agora só consigo pensar naquele monte de informação. De certa forma, ela estava certa em encaixar tudo em uma lenda de vampiros. Para manter a magia, era fundamental que nada fosse verossímil – nem histórias, nem poderes, nem lugares, nem pessoas.

Era só para você sair da sala de cinema, ou desligar a TV, e pensar : “Que filme legal, agora vou ali beber uma Coca-Cola gelada, que eu estou morrendo de sede”. Ainda que você sinta como se atingida por aquela bola de baseball que eles jogam, veja… o que mais te resta? Percebem onde quero chegar quando questiono o quanto é “saudável”?

Bem, é só uma aventura escapista. Pronto, voltei.

Por fim e não menos importante : “crepúsculo” é uma das mais belas palavras de todas as línguas.

E eu nem sabia que rolava um Radiohead na trilha sonora, vejam só…

twilight-2_robert20pattinson20edward2 Só um filme.

Um comentário:

Queila disse...

Bem que eu estava ansiosa para ver sua reação ao assistir Crepúsculo.

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