16 agosto 2009

I (don’t) smoke your brand of cigarettes

Tive a minha primeira experiência em uma baladinha sem cigarro (baladinha = bar com música ao vivo, em que o pessoal levanta pra  dançar).

Devo confessar que tenho um certo receio desse tipo de lei, como é a anti-fumo. Hoje me proíbem de fumar, amanhã de beber, de comer a gordurinha da picanha, me obrigam a fazer atividade física 3 vezes por semana… enfim, em nome da minha “saúde”, começam a ditar as regras do meu viver.

Além disso, se o governo quer tanto combater o vício do cigarro, por que não ir direto na fonte? Porque punir o cliente final é bem mais fácil que encarar os fabricantes de cigarros, certo? Pior, punir o dono do estabelecimento – que é uma forma esperta que as autoridades acharam de dividir a responsabilidade de fiscalização.

No entanto, ontem, todas estas reflexões “fumar ou não fumar, eis a questão” viraram fumaça.

Poder respirar fundo em uma ambiente fechado. Não voltar para casa com o cabelo fedendo, as roupas fedendo a cigarro. Não levar baforada involuntária na cara. Não levar queimadura de ponta de cigarro. Não ficar com aqueles cinzeiros sujos do lado da sua comida, da sua bebida.

Que me desculpem as pessoas que ficaram indo e voltando no recinto, saindo no frio para satisfazer o seu vício e jogando suas bitucas de cigarro na rua. Eu não tenho nada, absolutamente nada contra vocês, pois todo mundo tem seus vícios.

Talvez haja melhores formas de se aplicar as regras, quem sabe… Acho que dependendo do lugar, poderiam continuar as divisões de “fumantes” e “não-fumantes” que, acredito, funcionavam bem. Mas no caso dos ambientes de “balada”, sinto muito. Neste caso específico, não consigo argumentar mais contra essa lei.

flower-summer Cheiro bom e pulmões limpos.

4 comentários:

Milton X disse...

Sou favorável à lei e não temo que leis como essa deêm margem à outras como impedir que comamos a gordurinha da picanha ou mesmo nos obrigue a exercitar. Pois o ato e de fumar e jogar a sujeira (que chamamos de fumaça) é prejudicial não só a quem fuma, mas também a todos que estão ao redor. Não é caso quando comemos a gordurinha da carne... Talvez ser mais drásticos e banir a indústria fosse inaceitável, tirando o direito daqueles que optam por fumar (agora do lado de fora) além do emprego de milhares que dependem desse setor econômico... É uma questão muito complexa, pois acaba nos levando a discussões como a proibição do álcool que é ainda mais prejudicial na minha opinião, uma vez que muitos permitem ser dominados por ele... além da legalização de outras drogas... Pensemos, reflitamos...

Alexandre disse...

Nesse quesito dos ambientes fechados tipo boates é uma questão de bom senso não fumar lá dentro, principalmente na pista de dança. Tanto que fumante não-babaca e não-idiota normalmente não fuma nessas situações.

O problema é que essa lei vai muito além disso. Ela proíbe a fumaça debaixo de qualquer pedaço de teto. Sem falar que ela foi montada de forma a criar a cultura da "dedo-duragem" e de uma certa assepcia salubre-cultural deveras hipócrita.

Cristina disse...

O meu lado mais egoísta (o Mr. Hyde) adorou essa lei. Mas pensando melhor, concordo contigo: se as pessoas fossem mais educadas, a criação de locais p/ fumantes nos estabelecimentos seria suficiente, não?

Gisa disse...

Cristina, infelizmente no nosso país, a educação das pessoas só se manifesta somente por leis como essa e não pelo "bom senso" inerente. As pessoas só são educadas no tranco mesmo, quando mexe no bolso!!! Mas eu a-do-rei essa lei... só de sentir meu cabelo cheirando ao creme da hidratação que eu fiz à tarde, no final da balada fez meu domingo mais feliz!!! Mas vejo q isso não vai durar muito tempo. Tomara que eu esteja enganada, mas não me iludo muito não!!!

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