11 agosto 2009

Causa e efeito

São Paulo quer dar flexibilidade para escola repor aula por causa da "gripe suína"

“A ideia de perder um dia e ter de repor esse dia é um conceito bancário. Do ponto de vista pedagógico, as escolas têm alternativas para se reorganizarem”, afirma Arthur Fonseca Filho, presidente do conselho. “A lei prevê 200 dias letivos no ano, mas em casos de emergência como esse pode haver outras soluções”, explica.
De acordo com o professor, aulas pela internet, aplicação de provas fora do período das aulas e atividades nos finais de semana são exemplos de soluções possíveis para as entidades. “O Bandeirantes, por exemplo, está colocando atividades pedagógicas em seu portal na internet para o estudante acessar e continuar seus estudos”, exemplifica. “O importante é a equipe pedagógica da escola usar esses dias para repensar seus cronogramas”, considera.

(Fonte : IG)

Talvez eu esteja sendo exagerada porque, afinal, não sou mais aluna. Se fosse, estaria feliz da vida com essa farra do boi que é o adiamento das aulas por causa da nova gripe. Que eu saiba, nenhum aluno ou professor ficou trancado em uma redoma de vidro neste período, portanto, o risco de contágio permaneceu, ainda que longe das salas de aula.

O que eu acho interessante é a disposição do governo em “flexibilizar” a reposição das aulas. Eu estudei em escola pública e sei bem o que vai acontecer : férias no primeiro dia de dezembro ou reposição sem chamada. Nas particulares, talvez haja alguma cobrança maior porque há dinheiro envolvido. Talvez.

Depois as pessoas não entendem porque precisamos ter leis severas para proibir que os motoristas de fretados parem seus ônibus onde bem entenderem, para impedir que uns dêem baforadas de cigarro na cara dos outros, para barrar propagandas exageradas que poluem o visual da cidade ou para evitar que um mal-educado escute o CD de funk às duas da manhã de uma quinta-feira.

É uma questão de flexibilidade.

3 comentários:

David Sampaio disse...

mas se até nosso presidente funciona de forma FLEXivel!!! Mas é a verdade, na real, ganharam mais 1 ou 2 semanas de férias, e aula pra que? a maioria já sabe escrever! O que importa é ser alfabetizado! cultura é luxo!
Brasil, um país de poucos...

Alexandre disse...

Tirando o caso da criançada da pré-escola e primeiras séries, não há razão pra essa medida, na minha opinião.

Por causa desse sanitarismo exacerbado, um curso meu no senac foi adiado em praticamente 1 mês.

Fuedas.

Cristina disse...

Na minha época qdo alguma coisa impedia as aulas no período normal (ou seja, qdo tinha greve), a gente era obrigado a ir na escola de sábado, em julho e dezembro afora. Eu não sei que diferença isso fez na minha vida, no fim das contas, acho que foram só sábados a menos pra brincar ou ficar em casa morgando mesmo.

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