O melhor de ser livre (= ninguém te proíbe explicitamente de fazer o que deseja) e independente (= ninguém te banca) é poder enfiar o pé na jaca. O pior de ser livre e independente é ser livre e independente e seu próprio corpo dizer “Colega, já deu. Vai com calma que você não tem mais 18 anos”.
Partindo da premissa de que Deus existe e nos criou de forma perfeita, este deve ser o momento em que ele usa a natureza para avisar que está na hora de levar a vida com mais moderação. Não que eu barbarize por aí, sou careta até demais, porém até os meus poucos excessos já não estão encontrando espaço físico para manifestações.
Por outro lado, lembro das centenas de jovens playboys* menores de 18 anos que ficavam em volta do Baden Baden, que não poderiam consumir alcoólicos mas estavam lá, tentando inutilmente roubar uma mesa ou só para aparecer, cheios de saúde e estômago zerado. E claro, consumindo alcoólicos de forma clandestina que seriam vomitados antes do galo cantar três vezes. O que não os impediria de estar lá no dia seguinte e no próximo e no próximo.
Não sei se a ideia é essa de “o cosmo” me avisar, através do corpo, para maneirar e me tornar mais “séria”. Posso até tentar. Não costumo fazer planos, mas claro que tenho uma ideia do que desejo para o futuro próximo e posso garantir que não inclui aula de tricô ou meditação. Vida louca moderada, é o que define bem.
É como se diz por aí: vou cuidar da minha alma, porque da minha vida todo mundo cuida e quanto à saúde, já não há muito o que fazer. Chá amargo e sal de frutas, salve, salve.
* Sim, a cidade é infestada dessa raça, mas a diversão é possível. Vá bem acompanhado e já está bom.
2 comentários:
Nem gosto de falar sobre isso. Agora eu tenho barriga, coisa q não tinha há um tempo! Mas esse prato tá bonito... hahahaha
"vou cuidar da minha alma, porque da minha vida todo mundo cuida" - gostei dessa frase.
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