19 maio 2009

A crise dos serviços

Tudo começou no ano passado, quando a Riachuelo ligou no meu local de trabalho para me cobrar, de forma bem grossa e mal educada, uma conta não paga – sendo que não recebi a fatura. Ainda ouvi que a culpa é minha, quando a fatura deles não chega, eu é que tenho que correr na loja saber se estou devendo alguma coisa ou se eles jogaram para o próximo mês (o que não é incomum).

Depois foi a NET, que marcou a instalação do ponto adicional para as 9:00 da manhã de um sábado e o técnico chegou às 17:00. Claro, e eu tenho algo mais pra fazer? Sem contar que, até hoje, não consigo fazer a compra de filmes pay-per-view via controle remoto por este ponto adicional (que custa metade do preço do mesmo serviço via telefone ou site). Quando liguei para reclamar, depois de vários processos de liga-e-desliga-dá-três-pulinhos-em-volta-da-TV, a atendente sugeriu que eu comprasse por telefone. Dã.

Também houve a incrível história da CPFL, que quase pôs meu lindo nome no Serasa por causa de 17,46 de uma conta de 2006, que ela nunca me avisou que estava pendente. NUNCA. Nem aviso nas contas, nem telefonema, nem cartinha de cobrança, nem homem de cara feia batendo na porta. Só me avisaram quando eu já estava quase no bico do corvo.

Eu não sei se é necessário falar da Telefônica e seu servicio de mierda Speedy, que novamente traz o caos para os assinantes de São Paulo. O pior é que, para ser ressarcido, você deve ligar na Central deles e pedir. Eles fingem com um descaramento inexistente no restante da natureza que os problemas são “pontuais”.

Agora a Vivo entra no hall da fama de prestação de serviço porcaria e não faz o meu pacote de acesso à internet via celular funcionar nem com reza do Papa. Já coleciono alguns protocolos e hoje a atendente teve a cara-de-pau de me dizer que o serviço voltaria ao normal “às 10:47”. Eram 10:27. Ou seja, tenta de novo daqui a 20 minutos e pára de me encher o saco. Claro que ainda não funciona e lá vou eu explicar tudo de novo para outro atendente.

Eu sei que esse país é uma ZONA e não vejo muita solução para isso em um futuro próximo, mas… o que fizemos para merecer isso? Somos chatos? Feios? Vocês gostariam de receber em dólar? Por que nos desrespeitam tanto? Por que sempre temos que nos revoltar e brigar por estes direitos, se como o nome diz, não DIREITOS, não FAVORES?

Infelizmente, não podemos sair por aí processando todo mundo, até porque ia faltar advogado. Fora os estimulantes 80 anos de duração do processo até a 457ª instância. Sendo assim, por que não convivemos pacificamente? Vocês nos prestam um bom serviço, compatível com o que pagamos, e nos atendem quando tivermos dificuldades. Só isso. Não precisa dar desconto, brinde, nem precisa de sorteio de carro, casa ou o que for.

R-E-S-P-E-C-T, just a little bit.

2 comentários:

Semiramis Moreira disse...

Como diria meu tio-avô: 'Tamô fumado' com esses serviços...

Milton Xavier disse...

Aline, sensacional esse desabafo! Aliás, como tudo que venho lendo por aqui. Estou me tornando um viciado. Saiba que eu leio, viu?!
Tava devendo um post! Küss.

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