22 janeiro 2009

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Profissão de DJ é regulamentada

O projeto de lei que regulamenta a profissão de DJ foi aprovado pelo Congresso e deve ser publicado no Diário Oficial no próximo mês de março. O Projeto de Lei do Senado nº 740 é de autoria do senador Romeu Tuma e, através dele, a figura do DJ é incorporada na categoria de Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversão.
As previsões do Projeto incluem:
- Aplica-se a lei àqueles que, previamente inscritos no Ministério do Trabalho e Emprego, tiverem seu serviço esses profissionais para a realização de espetáculos, eventos, festas, comícios, programas, produções ou mensagens publicitárias;
- Para seu registro, esses profissionais devem possuir diploma de curso profissionalizante e atestado de capacitação profissional fornecido pelo sindicato representativo da categoria;
- O modelo de contrato de trabalho será definido pelo Ministério do Trabalho e Emprego;
- Os eventos realizados com a utilização de profissionais estrangeiros deverão ter a participação de, pelo menos, 70% de profissionais nacionais.


Fonte : Rraurl.

Pois é. DJs tem profissão, analistas de sistemas não.
Diz a lenda que existe um projeto de lei correndo, lépido como uma lesma, pelo congresso nacional (minúsculas intencionais). É assim : ninguém faz uma ponte de safena com um curandeiro de esquina, ninguém deixa as suas contas na mão do filho do vizinho que tem uma calculadora bacana, ninguém chama aquele amigo bom de lábia para uma audiência em um fórum. Jornalistas odeiam quando não-jornalistas fazem sucesso como... jornalistas. Ninguém leva o seu cachorrinho para tomar vacina com alguém que não seja veterinário (e dos bons). Mas para fazer sistemas, qualquer um serve.
Existem milhares de "micreiros" por aí que nunca frequentaram um curso técnico ou superior em TI, mas trabalham na área e se dizem competentes. Uns devem ser, realmente. Outros só ficaram com preguiça de passar 3 ou 4 anos estudando e se aproveitaram da flexibilidade da área para aprender por conta própria e conseguir uma boquinha. Não vou considerar os que não tiveram oportunidade de cursar algo, porque essa é outra história, bem mais complicada. E, claro, há aqueles que fizeram outra especialização e migraram para a área de TI, coisa que acontece muito com engenheiros e advogados (praticamente os total-flex do mercado de trabalho). Minhas reservas são apenas com aqueles que se sentem acima do bem e do mal da educação - sabe aquela história de "não preciso de diploma para fazer isso e aquilo"? Como se eu tivesse que ter vergonha de ter estudado um pouco mais.
Eu já ouvi reclamações de "micreiros" que esse tipo de regulamentação só serve para "garantir emprego para quem tem diploma". Oi? Eu estudei para quê? Para NÃO conseguir emprego?
No entanto, para quem já está no mercado, acho que nada deveria mudar, inclusive para os sem-curso-de-alguma-coisa. Afinal, se estão onde estão, foi por merecimento (espero!). Mas uma regulamentação não faria mal nenhum para que a profissão fosse levada mais a sério, por todos. Por quem a exerce, com diploma ou não, e por quem manda nas empresas, que na maioria das vezes, só lembra que a TI existe quando não consegue mandar suas piadas por e-mail. E tenho dito!
Mas... onde é que tem curso de DJ mesmo?

3 comentários:

Alexandre disse...

Eu crente que já havia regulamentação pra vocês.

E não tem nada mais total-flex hoje em dia do que ser formado em ciências jurídicas e sociais.

Anônimo disse...

Bartender já tem profissão regulamentada? hahahahaha

Unknown disse...

Ow! Disso tudo o mais importante é o curso de DJ, onde tem mesmo? Acho que vamos precisar dele em breve...

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